A maior vitória dele foi na Batalha de Gaugamela, travada contra os persas no norte do Iraque no ano 331 a.C. Também conhecida como Batalha de Arbela, ela terminou com a derrota do rei Dario III, fato que desencadeou o fim do Império Persa. "A Batalha de Gaugamela foi decisiva para abrir o Oriente para os macedônios e consolidou Alexandre como uma lenda viva", afirma o historiador Oscar D´Ambrosio, da Unesp. Um dos maiores conquistadores da Antiguidade, Alexandre era o líder da Macedônia, reino que ficava onde hoje é a região norte da Grécia. No ano 336 a.C. uma assembléia grega o indicou como comandante de uma invasão à Ásia. A Batalha de Gaugamela foi decisiva para o sucesso dessa invasão. Além de lutar na casa do adversário, os macedônios ainda estavam em número muito menor. As estimativas dos historiadores variam bastante, mas calcula-se que as tropas persas de Dario III teriam cerca de 100 mil soldados, contra só 50 mil homens de Alexandre. Para chegar à vitória, o conquistador macedônio fez um cuidadoso reconhecimento prévio do terreno onde ocorreria a batalha e soube usar com máxima eficácia a capacidade o-fensiva de suas unidades. Após a derrota em Gaugamela, o Império Persa foi dividido em dois e Alexandre proclamou-se seu grande rei, prosseguindo em conquistas pela Ásia. Oito anos após a batalha, o maior líder militar da Antiguidade morreria de causas naturais, com 33 anos de idade.
Tropas de elite
Persas tinham arcos melhores, mais soldados e temíveis carruagens de guerra
Total estimado: 93 mil homens
Nº estimado 12 mil
Empregada pelos persas basicamente em missões de apoio, a arma da cavalaria era uma espada curta de bronze. Mas os cavaleiros também podiam usar arcos pequenos para disparo rápido de setas de madeira
Infantaria leve
Nº estimado - 63 mil
Era o grosso das tropas persas. Junto com os lanceiros mercenários, faziam o trabalho duro no choque mano a mano com os rivais. Os soldados tinham uma espada curta de bronze e um pequeno escudo de vime (varas de arbusto trançadas)
Mercenários
Nº estimado 2 mil
Tinham origem grega, mas eram contratados pelos persas. Quando capturados pelos macedônios, eram executados como traidores. Lutavam com uma espada curta de bronze e lanças com até 3 m. Protegiam-se com pesados escudos de madeira
Guarda real
Nº estimado 15 mil
Era a tropa de elite persa. Ia para o "pau" e também se encarregava de proteger o rei Dario III no campo de batalha. Os soldados usavam escudo de vime e tinham como arma uma lança de 2 m, com uma longa ponta de bronze
Arqueiros
Nº estimado 1 mil
A principal arma do Exército persa era a flecha de madeira com ponta de osso ou bronze, lançada por um grande arco feito com madeira, cola e tendões de animais. Os arqueiros lançavam o primeiro ataque contra a tropa inimiga
Carruagens de batalha
Nº estimado - 200
Os "tanques de guerra" da época atropelavam os inimigos e abriam brechas em suas linhas. Puxadas por dois cavalos, elas levavam dois homens (o condutor e um arqueiro)e tinham lâminas afiadas que saiam do eixo das rodas
Total estimado: 49 mil homens
Companheiros
Nº estimado 1 800
Foram os macedônios que transformaram a cavalaria numa unidade fundamental nas batalhas. Os Companheiros eram a elite dos cavaleiros macedônios. Lutavam armados com uma lança de 2 m e uma espada curta
Infantaria pesada
Nº estimado 31 mil
Com lanças de 6 m, estes soldados atuavam em falanges, formações com cerca de 250 homens. Eles avançavam em bloco - os da dianteira com as lanças apontadas para a frente, os de trás mantendo-as para cima até a hora do choque com o inimigo
Nº estimado 7 mil
A cavalaria regular era formada por soldados de várias regiões gregas ou ligadas ao país (trácios, tessalianos etc.). Cada grupo tinha uniforme próprio. A arma era uma lança de madeira com ponta de bronze, e, às vezes, uma espada curta
Infantaria leve
Nº estimado 9 mil
Com uma espada curta de bronze e escudos de madeira, esses soldados tinham grande mobilidade. A infantaria leve era capaz de se deslocar por todo o campo de batalha para encarar os primeiros combates - com apoio da cavalaria
Arqueiros e dardeiros
Nº estimado 300
Os arqueiros macedônios tinham arcos menores e menos potentes que os dos persas. Já os dardeiros lançavam dardos com cerca de 3 m, feitos de madeira e com pontas de bronze. Cada um costumava levar três dardos extras
Nó tático
Avanço da cavalaria macedônia deixou rei persa exposto e definiu a parada
1. Logo no início da batalha, Alexandre avançou rumo ao flanco (lado) esquerdo do inimigo. O avanço das carruagens persas foi prejudicado pelo terreno irregular. Outras unidades atacaram os flancos dos macedônios, em especial o esquerdo, mas a cavalaria persa foi detida pelas lanças da infantaria pesada de Alexandre
2. O avanço da cavalaria persa deixou o flanco esquerdo das tropas de Dario exposto. Junto com os Companheiros, seus cavaleiros de elite, Alexandre penetrou por essa brecha. Ao mesmo tempo, parte dacavalaria persa também aproveitou brechas entre as unidades inimigas e furou a linha rival
3. Numa luta feroz, a retaguarda macedônia aniquilou a cavalaria persa que chegou a seu acampamento. A cavalaria de Alexandre avançou rápido rumo ao centro da linha de Dario. Vendo que poderia ser capturado, o rei persa decidiu fugir. Parte de suas tropas ainda tentou atacar os cavaleiros de Alexandre, mas foi detonada
4. Alexandre quis perseguir Dario, mas precisou ajudar o flanco direito da linha macedônia, que era atacado por outras unidades persas. Os Companheiros correram pra lá e controlaram a situação. Mas isso deu tempo a Dario para escapar. O rei persa morreria meses depois, assassinado por um de seus antigos generais
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