Essas colônias gregas se desenvolveram rapidamente e, gozando de ampla liberdade entre os reinos do Oriente Médio, garantiram o comércio helênico na região. Entretanto, em 546 a.C., Ciro, o Grande, rei da Pérsia, subjugou as cidades jônicas, obrigando-as a pagar tributos e a servir nas fileiras militares persas. Nesse primeiro momento, somente a ilha de Samos tentou resistir, mas como não recebeu apoio das pólis gregas, acabou sucumbindo.
Em 496 a.C. os jônios se rebelaram e, dessa vez, Erétria e Atenas foram ao socorro das cidades da Anatólia. De início, os gregos obtiveram algumas vitórias, mas foram derrotados na batalha de Lade (494 a.C.), travada perto de Mileto, a mais poderosa cidade jônica, que foi incendiada e teve os habitantes transferidos para o sul da Mesopotâmia.
O herdeiro de Ciro, Dario 1o inicia a expansão persa sobre o território grego na Europa. Em 492 a.C. mandou um grande contingente militar, sob comando de Mardônio, conquistar a Trácia e a Macedônia, chegando até a fronteira com a Grécia. Dario, então, enviou mensageiros às cidades gregas, exigindo a rendição, no que foi atendido por várias delas, principalmente as que se localizavam na região da Tessália. Atenas e Esparta, entre outras pólis, não aceitaram se render. Segundo Heródoto, o historiador grego, os atenienses teriam jogado os mensageiros persas dentro de um poço.
Batalha de Maratona
Em 490 a.C., Dario 1o, comandando em torno de 50 mil homens e com uma poderosa marinha de guerra, desembarcou na planície de Maratona, que fica a menos de 50 km de Atenas, a fim de reprimir os atenienses pelo auxílio dado durante a rebelião das cidades na Anatólia.Milcíades, general ateniense, enviou um pedido de ajuda aos espartanos, mas esses responderam que só poderiam enviar suas tropas dali a seis dias, pois estavam em meio a celebrações religiosas. Milcíades, que já tinha sido governante de uma cidade na Trácia e conhecia as táticas de guerra dos persas, resolveu marchar imediatamente para Maratona e enfrentar os invasores.
A batalha de Maratona ocorreu em setembro de 490 a.C.. Os atenienses e os plateenses iniciaram a ofensiva contra os persas. Numa planície apertada entre o mar e as montanhas, um contingente de no máximo 15 mil gregos avançou contra os persas, buscando a batalha corpo a corpo. Heródoto conta que os súditos persas ao verem os gregos se aproximando velozmente, sem o auxílio nem de cavalaria, nem de arqueiros, acreditaram que estavam diante de um exército irracional, e muitos fugiram do combate.
Tamanha foi a violência dos gregos que os persas tiveram que recuar para seus navios. Milcíades mandou o corredor Fidípedes até Atenas para avisar sobre a vitória, enquanto marchava com suas tropas até o porto de Falero, para impedir uma nova tentativa de desembarque de Dario. Fidípedes teria corrido tanto e tão rápido até Atenas, que assim que cumpriu sua missão, caiu morto de exaustão.
O exército dos persas voltou para o Oriente. Por 10 anos o Império Persa se ocupou com outras questões: conquista de outros povos, submissão de rebeliões dentro do império, problemas nas sucessões dinásticas, dando tempo para que os gregos se reorganizassem para um futuro, e iminente, novo combate.
batalha de maratona, desenho em relevo
Nenhum comentário:
Postar um comentário