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sexta-feira, 1 de abril de 2011

HISTÓRIAS CURIOSAS - DE ONDE VÊM O AZULEJO ?????



AZULEJO

Igreja do Carmo, na cidade do Porto, em Portugal, cuja fachada é decorada com azulejos.

Ladrilho com revestimento de louça vidrada e esmaltada de um lado. Podem ser brancos, coloridos, com desenhos e com relevo, e são empregados para forrar paredes e compor painéis. A palavra azulejo é derivada do árabe az-zullaijutijolo vidrado.
História. Desde a Antiguidade, usa-se argila cozida e esmaltada na decoração de templos e palácios. No Egito há exemplos do tempo das primeiras dinastias menfitas, com mais de 5 mil anos.
Caldeus, assírios, hindus, cretenses, etruscos e persas usaram muito esses tijolos vidrados em grandes painéis. Possivelmente na Pérsia é que se tornaram conhecidos dos bizantinos e árabes, aos quais se atribui o aperfeiçoamento da técnica de fazer azulejos. Vinda do norte da África, com a expansão muçulmana, a técnica chegou à Europa pela Península Ibérica e pelo sul da Itália.
O Renascimento trouxe alterações sensíveis aos azulejos. Abandonaram-se os tons vivos, passando gradualmente ao azul sobre fundo branco, enquanto os temas transitavam das combinações geométricas à figuração humana e de outros seres vivos.

Parede do jardim do Palácio Real, em Esfahan, Irã, decorada com azulejos pintados.


Espanha e Portugal. Os azulejos mais antigos da Península Ibérica são do séc. XIV e estão no Alhambra, em Granada (Espanha). Os mais antigos azulejos portugueses conhecidos datam de 1584 e encontram-se na Capela de São Roque.
No séc. XVI, e especialmente no XVII, o centro cerâmico de Lisboa abasteceu a construção civil e religiosa em todo o país. O mestre Antônio de Oliveira Bernardas (ativo entre 1690 e 1720) é considerado o pai do azulejo artístico em Portugal. Há também trabalhos de mestres espanhóis e holandeses, cuja azulejaria (de Delf) influenciou, no séc. XVIII, a portuguesa. Por volta de 1740, os painéis figurados desaparecem e no fim desse século surgiram os azulejos de grinalda, que, com os de rosácea, durariam até o início do séc. XIX, quando se iniciou a produção semi-industrial do azulejo estampilhado.



Brasil. No Brasil colonial, usaram-se muitos ladrilhos e azulejos, inicialmente vindos de Portugal e, depois da independência, também da França, da Alemanha (no Maranhão) e da Bélgica (no Rio de Janeiro e na Bahia).
No Recife, há exemplos de azulejaria holandesa no convento e Igreja de Santo Antônio. Em torno de 1861, fabricaram-se, em Niterói (RJ), os primeiros azulejos brasileiros. São notáveis no Brasil os acervos do claustro do convento de São Francisco, em Salvador, o da Capela Dourada, no Recife, o da Igreja da Misericórdia, em Olinda (PE), o da igreja do Outeiro da Glória, no Rio de Janeiro, e o do convento de Santo Antônio, em Belém, entre outros exemplos.
Citam-se também os painéis modernos de Portinari para a igreja de São Francisco, na Pampulha (Belo Horizonte), e para o ministério da Educação, hoje Palácio da Cultura (RJ), e os de Poti, em Curitiba.

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