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terça-feira, 18 de outubro de 2011

COMO FUNCIONA O SUÍCIDIO QUÂNTICO ? PARTE 5


As implicações da física quântica


Quando comparadas à ciência clássica e à física newtoniana, as teorias propostas para explicar a física quântica parecem insanas. O próprio Erwin Schrödinger (em inglês) disse que seu experimento do gato era "totalmente ridículo" [fonte: Goldstein, Sheldon (em inglês)]. Mas do que a ciência pôde observar, as leis que governam o mundo que vemos todos os dias não valem no nível quântico.




Conforme nossa compreensão da física quântica se aprofundar, como ela mudará nossa percepção do mundo físico?
Imagem cedida por Daniel Johansson
Conforme nossa compreensão da física quântica se aprofundar,
como ela mudará nossa percepção do mundo físico?

A física quântica é uma disciplina relativamente nova, datando de 1900 apenas. As teorias que foram propostas sobre o assunto, são apenas teorias. E para completar, há teorias conflitantes que dão explicações diferentes para os acontecimentos peculiares que acontecem no nível quântico. Qual delas a história mostrará ser a correta? Talvez a teoria que fique provada como a explicação verdadeira para a física quântica ainda não tenha sido descoberta. As pessoas que vão propor esta teoria podem nem ter nascido ainda. Mas segundo a lógica, que este campo do estudo estabeleceu, é possível que todas as teorias que explicam a física quântica sejam igualmente verdadeiras ao mesmo tempo - mesmo as que se contradizem?
A interpretação de Copenhague para a física quântica de Neils Bohr (em inglês) talvez seja a teoria mais reconfortante já desenvolvida. Ao explicar que as partículas existem em todos os estados de uma vez - em superposição coerente - nossa compreensão do universo fica um pouco torta, mas ainda assim continua de certa forma compreensível. A teoria de Bohr também é consoladora porque torna a nós, humanos, a causa de um objeto assumir uma determinada forma. Apesar de os cientistas considerarem frustrante a habilidade de uma partícula de existir em mais de um estado, nossas observações afetam a partícula. Pelo menos ela não continua existindo em todos os estados enquanto olhamos para ela.
Muito menos consoladora é a interpretação dos Muitos Mundos de Everett. Esta teoria tira das nossas mãos qualquer poder sobre o universo quântico. Pelo contrário, somos meros passageiros das divisões que acontecem com cada resultado possível. Em essência, com a teoria dos Muitos Mundos, nossa idéia de causa e efeito cai por terra.
Isto torna a interpretação dos Muitos Mundos um tanto perturbadora. Se for verdade, então em algum universo paralelo ao que habitamos agora, Adolph Hitler foi bem-sucedido em sua campanha para conquistar o mundo. Mas seguindo o mesmo raciocínio, em outro universo os Estados Unidos não jogaram bombas atômicas em Hiroshima (em inglês) e Nagasaki (em inglês).
A teoria dos Muitos Mundos também certamente contradiz a idéia danavalha de Occam, que diz que a explicação mais simples é geralmente a correta. Ainda mais estranha é a implicação da teoria dos Muitos Mundos de que o tempo não existe em um movimento coerente, linear. Pelo contrário, ele se move em pulos e sobressaltos, existindo não como uma linha, mas como ramos. Estes ramos são tão numerosos quanto o número de conseqüências para todas as ações que já existiram.
É difícil não imaginar o que será a nossa compreensão do mundo quântico. O campo teórico já progrediu tremendamente desde seus primórdios mais de um século atrás. Apesar de ter sua própria interpretação do mundo quântico, Bohr pode ter aceito a teoria que Hugh Everett introduziu depois a respeito dos Muitos Mundos. Afinal, foi Bohr (em inglês) quem disse que "quem não ficar chocado com a teoria quântica não a compreendeu".
Para mais informações sobre suicídio quântico e artigos relacionados, veja a próxima seção.

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