Quando um grupo de bárbaros visitou
São Severino, um monge da
Panônia, para serem abençoados, este notou um jovem alto e mal vestido, Odoacro, e previu que ele teria um futuro grandioso.
[4]Em
469 ele pôs-se a serviço dos romanos como chefe de um exército de
mercenários germânicos de estirpe hérula, quando se torna chefe dos contingentes bárbaros rebeldes.
Quando
Rômulo Augústulo foi colocado como Imperador por seu pai, o patrício
Orestes, Odoacro, à frente de um exército de
esciros, matou Orestes em
Placência e seu irmão
Paulo no arboredo de
Classis, próximo de
Ravena.
[5] Odoacro entrou em Ravena, depôs o imperador
Rômulo Augusto, mas, com pena por ele ser jovem, poupou a sua vida, e, por causa de sua beleza, deu-lhe uma pensão de seis mil peças de ouro, enviando-o para a
Campânia, para viver como um homem livre com seus parentes.
[6]Todas as províncias do Império Romano, além da Itália, já eram dominadas pelos bárbaros, e os imperadores eram fantoches e não soberanos.
[7] A Itália, pelos ataques dos bárbaros, estava praticamente um deserto, sem habitantes, e os exércitos imperiais eram formados de bárbaros.
[7]No oitavo ano do pontificado do
Papa Simplício, Roma caiu diante dos bárbaros.
[7] Os
hérulosdemandaram dois terços da Itália e, diante da recusa, escolheram Odoacro como seu chefe e o nomearam
rei de Roma.
[7]Nominado
rex gentium das suas tropas, Odoacro decidiu não nomear um sucessor ao imperador deposto. Em vez disso, enviou as insígnias imperiais ao imperador do
Império Romano do Oriente,
Zenão I, o qual, ainda que convidando-o a submeter-se à autoridade do imperador legítimo,
Júlio Nepos, aceitou de fato a sua soberania sobre as terras do Ocidente, decretando assim "oficialmente" o fim do Império Romano do Ocidente.
Odoacro matou o regente imperial
Orestes, mas popou seu filho, o imperador
Rômulo Augusto, que ganhou um salário de seis mil libras de ouro e pode viver em liberdade, perto de
Nápoles.
[7]Assim que se tornou rei, Odoacro se lembrou de São Severino, e envou uma carta amigável ao monge; este conseguiu que Odoacro perdoasse Ambrósio, que estava exilado.
[8]A administração de Odoacro se baseou numa política conservadora, deixando aos romanos a possibilidade de manter o exercício de cargos menores e o livre exercício do
Cristianismo, mantendo assim substancialmente intacta a estrutura organizacional precedente. Desta maneira assegurou a fidelidade da aristocracia, do
Senado e da
Igreja. Odoacro era bem intencionado, e favoreceu a seita dos
arianos.
[9]Odoacro fez guerra contra os
rúgios, e os destruiu completamente na segunda campanha.
[9]Odoacro levantou um exercito italo-germânico com o qual ele derrotou os
vândalos na
Sicília. Ele foi capaz de conquistar toda a ilha por volta de
477. Em
480, ele e seu exercito anexou a antiga província da Dalmácia, após a morte (possivelmente por assassinato) do imperador ocidental Júlio Nepos. Depois disso, ele recebeu o direito de nomear um conselho e emitir sua própria moeda.
Reino de Odoacro na Itália em 480.
Odoacro reinou por treze anos.
[1]Zenão I de Bizâncio, preocupado com os recentes sucessos do rei germânico Odoacro, estimulou
Teodorico, o Grande, rei dos
ostrogodos, a invadir a
Península Itálica. Zenão fez de Teodorico um patrício romano, um cônsul, e deu-lhe uma grande quantia em dinheiro.
[10] Teodorico aceitou que, se ele derrotasse Odorico, reinaria em seu lugar até a chegada de Zenão, e, reunindo os godos, veio do Oriente para defender a Itália, em nome de Zenão.
[10] Teodorico derrotou Odoacro nas margens do Rio Isonzo,
[11] em Aquileia (
488),
Verona [11] (
489) e no Rio Adda
[12] (
490). Neste mesmo ano
Ravenna foi assediada. O cerco durou três anos
[12] e foi marcado por dezenas de ataques de ambos os lados. No final, nenhum dos lados pôde prevalecer de forma conclusiva, e assim em 2 de fevereiro de 493, Teodoro e Odoacro assinaram um acordo que garantiu a supremacia de ambos. Um banquete foi organizado para celebrar o tratado. Foi nesse banquete que Teodorico matou Odoacro com as próprias mãos.
[13]
Moeda cunhada por Odoacro, contém o nome de
Zenão I,
imperador bizantino ao qual Odoacro estava formalmente subordinado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário